Juvenal era um jovem humilde e muito trabalhador. Um dia, ele deixou para trás sua terra natal, seus pais e sua namorada, Marialva. Saiu da pobreza do sertão para desbravar terras à oeste, abrindo a mata e enfrentando feras.
Ele havia feito como muitos jovens da época: ouviu o “chamado” do Governo que convocava “braços fortes e jovens para desbravar o oeste brasileiro e levar o progresso à Nação”. Com a vida dura que levava, ansiava por conseguir melhores oportunidades na vida e um pedaço de chão só seu.
Juvenal enfrentou as piores condições que poderia imaginar. Ele e seus companheiros dormiram muitas noites em acampamentos precários, enfrentando chuva, passando fome e contraindo doenças tropicais. Passou inúmeras datas festivas longe de sua família e de sua amada. Por muito tempo ficou sem contato com eles, pois nem mesmo serviço de correio chegava onde ele estava.
Com muito trabalho e suor, estes homens derrubaram árvores, limparam os campos, cultivaram o solo e, enfim, colheram seus primeiros frutos. Também ergueram casas, barracões, pontes e abriram estradas. Em algumas situações, precisaram pegar em armas para enfrentar bandidos e invasores, gerando algumas baixas no grupo. Jovens iguais a Juvenal terminaram ali com o sonho de vida próspera e feliz.
Alguns anos se passaram, finalmente Juvenal havia se estabelecido. Juntou algumas coisas e partiu para sua terra. Seus pais ficaram imensamente felizes em vê-lo, pois já há tempos não tinham notícias do filho. Sua antiga namorada havia se casado com um rapaz da vila, e esperava pelo terceiro filho. Juvenal ficou um pouco decepcionado, apesar de saber que isso com certeza iria acontecer.
Ficou por quase um ano na terra natal. Tempo suficiente para namorar e casar com a bela e jovem Maria Isabel, irmã oito anos mais nova de Marialva. A jovem já gostava de Juvenal quando este namorava sua irmã. Na época, ela era ainda uma criança que andava para cá a para lá abraçada com uma velha boneca de pano.
Após uma longa estada junto à sua família, em sua terra, Juvenal e a esposa partiram para a Amazônia. A viagem foi longa, não tanto quanto da primeira vez em que Juvenal a percorreu. Maria Isabel viu muitos campos abertos, casas construídas e estradas pavimentadas. Seu marido contava-lhe orgulhoso sobre o quanto aquilo se desenvolveu, graças ao seu trabalho e de seus companheiros. A cada passagem, Juvenal se lembrava de um momento duro de sua trajetória, desbravando o mato e enfrentando adversidades.
Finalmente chegaram à propriedade de Juvenal. Maria Isabel encontrou uma bela casa construída. Era relativamente grande, bem espaçosa e arejada. Móveis novos, de modelo rústico, talhado na melhor madeira que a floresta poderia oferecer. Quase tudo naquela casa teve a mão de Juvenal. Da fundação, das paredes, pintura e fabricação de móveis.
Maria Isabel teria uma vida bem mais confortável com ele do que em sua conhecera em sua cidade natal.
O tempo foi passando e alguns filhos vieram. Juvenal dava duro, trabalhava todos os dias; saía antes de amanhecer e só voltava quando estava escuro. Ele nunca tirava férias, só folgava no final do ano, quando tudo parava e ele não teria como trabalhar sozinho. Certa vez, ele resolver tirar uns dias de descanso. Passou uma semana em casa sem fazer nada. Queria ficar à toa, só, sem pensar em nada e somente relaxar.
Num desses dias, sua esposa recebeu a visita de uma amiga, que lhe visitava algumas vezes por ano. A mulher viu Maria Isabel trabalhando sem parar: lavava roupa, dava banho nas crianças, fazia o almoço, lavava a louça, tirava o pó da sala. A amiga ficou indignada com a situação e falou:
-- Seu marido não te ajuda, não?
-- Não, eu faço tudo sozinha. – respondeu Maria Isabel.
-- Nossa, como ele é folgado! – disse a amiga, ainda mais indignada. Continuou. – Eu e o meu marido dividimos todas as tarefas. Nos dias de hoje, todo homem tem que ajudar a esposa nos deveres domésticos.
-- É verdade... – disse Maria Isabel, em tom de dúvida, ainda sem refletir sobre o assunto.
-- Lembre, amiga, os tempos de opressão às mulheres acabaram. Exija igualdade no relacionamento, porque nós mulheres somos tão capazes quanto eles.
A amiga foi embora e Maria Isabel ficou com aquilo na cabeça. Pensou em toda a sua jornada de trabalho, só cuidando da casa e dos filhos; e o marido dela, chegando em casa, sentando no sofá, vendo TV e esquecendo da vida. Isso tinha de acabar.
Procurou o marido, que estava vendo TV, e falou:
-- Olha, Juvenal, as coisas entre nós têm que mudar.
-- Do que você está falando, mulher?
-- Não agüento mais esta vida dura que levo. Todo dia lavando, passando, cozinhando pra você e para os seus filhos; e você, chega em casa, liga a televisão e não faz nada pra me ajudar. Acho que ta na hora de você me ajudar como serviço da casa.
Juvenal olhou para a esposa. Ficou um tempo assim, sem dizer nada. Ela ainda estava em pé e ele, sentado em sua poltrona, com a cabeça erguida, fitando os olhos da esposa. Ele nunca imaginou que sua mulher pudesse ficar infeliz com a vida que levava. Abaixou a cabeça, pensou um pouco no que iria dizer, e começou assim, falando sempre em tom calmo e seguro:
-- Tudo bem , querida. Eu não importaria de dividir meu trabalho com você, já que é assim que pensa. Poderíamos revezar, onde a cada dia da semana, um se encarrega da casa e o outro do trabalho na mata. – respirou e continuou, sempre com o mesmo tom de voz. – Enquanto você levanta às quatro horas e vai lavar o rosto, eu levanto meia hora antes e preparo teu café. Depois que você sair, eu me deito novamente e durmo mais um pouco. Então você pega a caminhonete, viaja trinta quilômetros em estrada de terra até a próxima vila para pegar os trabalhadores. Não esqueça de levar a arma. Nunca se sabe quando algum bandido resolve atocaiar pela estrada; principalmente à noite ou quando a caminhonete atola. – dá um pequena pausa e prossegue. -- Depois você anda mais uns dez quilômetros por dentro da mata fechada e ajuda a descarregar os equipamentos a montar as barracas. Deixa eles trabalhando e vai até a cidade, faz pagamentos, vai até o cartório para regularizar uns papéis, almoça correndo num botequim ali perto, abastece, depois volta pra floresta. O seu trabalho, basicamente, será supervisionar os peões, para que não façam corpo mole. Você terá que ser dura e falar grosso com eles, pois alguns são mais selvagens que as feras do mato. – respirou mais um pouco, a esposa nada disse, só acompanhando o marido. – Este não será seu serviço, mas, às vezes, terá de ajudar a transportar as toras até a serraria mais próxima. – Juvenal enfatizou a voz e disse: Tome muito cuidado. Aquelas toras são muito pesadas, podem chegar a várias toneladas. Já vi muito homem morrer ou a ter a perna esmagada. Eu mesmo quase fui atingindo certa vez. – voltando a voz normal. – Meu serviço é esse. Não acho ruim, já me acostumei. Se quiser começar na segunda, eu aviso a turma que você vai no meu lugar. Pode descansar que amanhã eu arrumo a casa toda. Se você quiser esperar passar a época das chuvas, tudo bem. É que agora as estradas estão uma poça só de lama. Se eu chego tão tarde em casa não é culpa minha, mas deste asfalto que ainda não chegou aqui na região.
Maria Isabel ficou olhando para o marido, sem saber o que dizer. Pediu licença e foi para a cozinha preparar o jantar.
Ele havia feito como muitos jovens da época: ouviu o “chamado” do Governo que convocava “braços fortes e jovens para desbravar o oeste brasileiro e levar o progresso à Nação”. Com a vida dura que levava, ansiava por conseguir melhores oportunidades na vida e um pedaço de chão só seu.
Juvenal enfrentou as piores condições que poderia imaginar. Ele e seus companheiros dormiram muitas noites em acampamentos precários, enfrentando chuva, passando fome e contraindo doenças tropicais. Passou inúmeras datas festivas longe de sua família e de sua amada. Por muito tempo ficou sem contato com eles, pois nem mesmo serviço de correio chegava onde ele estava.
Com muito trabalho e suor, estes homens derrubaram árvores, limparam os campos, cultivaram o solo e, enfim, colheram seus primeiros frutos. Também ergueram casas, barracões, pontes e abriram estradas. Em algumas situações, precisaram pegar em armas para enfrentar bandidos e invasores, gerando algumas baixas no grupo. Jovens iguais a Juvenal terminaram ali com o sonho de vida próspera e feliz.
Alguns anos se passaram, finalmente Juvenal havia se estabelecido. Juntou algumas coisas e partiu para sua terra. Seus pais ficaram imensamente felizes em vê-lo, pois já há tempos não tinham notícias do filho. Sua antiga namorada havia se casado com um rapaz da vila, e esperava pelo terceiro filho. Juvenal ficou um pouco decepcionado, apesar de saber que isso com certeza iria acontecer.
Ficou por quase um ano na terra natal. Tempo suficiente para namorar e casar com a bela e jovem Maria Isabel, irmã oito anos mais nova de Marialva. A jovem já gostava de Juvenal quando este namorava sua irmã. Na época, ela era ainda uma criança que andava para cá a para lá abraçada com uma velha boneca de pano.
Após uma longa estada junto à sua família, em sua terra, Juvenal e a esposa partiram para a Amazônia. A viagem foi longa, não tanto quanto da primeira vez em que Juvenal a percorreu. Maria Isabel viu muitos campos abertos, casas construídas e estradas pavimentadas. Seu marido contava-lhe orgulhoso sobre o quanto aquilo se desenvolveu, graças ao seu trabalho e de seus companheiros. A cada passagem, Juvenal se lembrava de um momento duro de sua trajetória, desbravando o mato e enfrentando adversidades.
Finalmente chegaram à propriedade de Juvenal. Maria Isabel encontrou uma bela casa construída. Era relativamente grande, bem espaçosa e arejada. Móveis novos, de modelo rústico, talhado na melhor madeira que a floresta poderia oferecer. Quase tudo naquela casa teve a mão de Juvenal. Da fundação, das paredes, pintura e fabricação de móveis.
Maria Isabel teria uma vida bem mais confortável com ele do que em sua conhecera em sua cidade natal.
O tempo foi passando e alguns filhos vieram. Juvenal dava duro, trabalhava todos os dias; saía antes de amanhecer e só voltava quando estava escuro. Ele nunca tirava férias, só folgava no final do ano, quando tudo parava e ele não teria como trabalhar sozinho. Certa vez, ele resolver tirar uns dias de descanso. Passou uma semana em casa sem fazer nada. Queria ficar à toa, só, sem pensar em nada e somente relaxar.
Num desses dias, sua esposa recebeu a visita de uma amiga, que lhe visitava algumas vezes por ano. A mulher viu Maria Isabel trabalhando sem parar: lavava roupa, dava banho nas crianças, fazia o almoço, lavava a louça, tirava o pó da sala. A amiga ficou indignada com a situação e falou:
-- Seu marido não te ajuda, não?
-- Não, eu faço tudo sozinha. – respondeu Maria Isabel.
-- Nossa, como ele é folgado! – disse a amiga, ainda mais indignada. Continuou. – Eu e o meu marido dividimos todas as tarefas. Nos dias de hoje, todo homem tem que ajudar a esposa nos deveres domésticos.
-- É verdade... – disse Maria Isabel, em tom de dúvida, ainda sem refletir sobre o assunto.
-- Lembre, amiga, os tempos de opressão às mulheres acabaram. Exija igualdade no relacionamento, porque nós mulheres somos tão capazes quanto eles.
A amiga foi embora e Maria Isabel ficou com aquilo na cabeça. Pensou em toda a sua jornada de trabalho, só cuidando da casa e dos filhos; e o marido dela, chegando em casa, sentando no sofá, vendo TV e esquecendo da vida. Isso tinha de acabar.
Procurou o marido, que estava vendo TV, e falou:
-- Olha, Juvenal, as coisas entre nós têm que mudar.
-- Do que você está falando, mulher?
-- Não agüento mais esta vida dura que levo. Todo dia lavando, passando, cozinhando pra você e para os seus filhos; e você, chega em casa, liga a televisão e não faz nada pra me ajudar. Acho que ta na hora de você me ajudar como serviço da casa.
Juvenal olhou para a esposa. Ficou um tempo assim, sem dizer nada. Ela ainda estava em pé e ele, sentado em sua poltrona, com a cabeça erguida, fitando os olhos da esposa. Ele nunca imaginou que sua mulher pudesse ficar infeliz com a vida que levava. Abaixou a cabeça, pensou um pouco no que iria dizer, e começou assim, falando sempre em tom calmo e seguro:
-- Tudo bem , querida. Eu não importaria de dividir meu trabalho com você, já que é assim que pensa. Poderíamos revezar, onde a cada dia da semana, um se encarrega da casa e o outro do trabalho na mata. – respirou e continuou, sempre com o mesmo tom de voz. – Enquanto você levanta às quatro horas e vai lavar o rosto, eu levanto meia hora antes e preparo teu café. Depois que você sair, eu me deito novamente e durmo mais um pouco. Então você pega a caminhonete, viaja trinta quilômetros em estrada de terra até a próxima vila para pegar os trabalhadores. Não esqueça de levar a arma. Nunca se sabe quando algum bandido resolve atocaiar pela estrada; principalmente à noite ou quando a caminhonete atola. – dá um pequena pausa e prossegue. -- Depois você anda mais uns dez quilômetros por dentro da mata fechada e ajuda a descarregar os equipamentos a montar as barracas. Deixa eles trabalhando e vai até a cidade, faz pagamentos, vai até o cartório para regularizar uns papéis, almoça correndo num botequim ali perto, abastece, depois volta pra floresta. O seu trabalho, basicamente, será supervisionar os peões, para que não façam corpo mole. Você terá que ser dura e falar grosso com eles, pois alguns são mais selvagens que as feras do mato. – respirou mais um pouco, a esposa nada disse, só acompanhando o marido. – Este não será seu serviço, mas, às vezes, terá de ajudar a transportar as toras até a serraria mais próxima. – Juvenal enfatizou a voz e disse: Tome muito cuidado. Aquelas toras são muito pesadas, podem chegar a várias toneladas. Já vi muito homem morrer ou a ter a perna esmagada. Eu mesmo quase fui atingindo certa vez. – voltando a voz normal. – Meu serviço é esse. Não acho ruim, já me acostumei. Se quiser começar na segunda, eu aviso a turma que você vai no meu lugar. Pode descansar que amanhã eu arrumo a casa toda. Se você quiser esperar passar a época das chuvas, tudo bem. É que agora as estradas estão uma poça só de lama. Se eu chego tão tarde em casa não é culpa minha, mas deste asfalto que ainda não chegou aqui na região.
Maria Isabel ficou olhando para o marido, sem saber o que dizer. Pediu licença e foi para a cozinha preparar o jantar.
O final ficou sensacional.
ResponderExcluirAcho que é de respostas assim que esse movimento filha da puta está precisando.Eu mesmo estou trabalhando na automatização de uma planta na indústria que trabalho.Um páu desgraçado que damos para retirar as coisas velhas e colocar as novas.Muitas delas são peso que quatro ou cinco homens carregam se cagando.
ResponderExcluirDepois que está tudo automatizado,tudo no botão e telecomandado do quinto dos infernos,aí vem um monte de vagabunda dizer que mulher pode que nem homem.
Mas não vi uma puxar cabos elétricos em sol de 40 graus e toda essa porra que passamos.
Só acho que essa história falhou em um único ponto:
ResponderExcluirO homem da história é um líder, comanda peões, e apesar de fazer alguns trabalhos pesados, percebe-se que boa parte do seu trabalho é comandar e supervisionar.
E isso é justamente o que essas feministas querem! Acredito que uma feminista aceitaria esse emprego sim, é claro que faria algumas modificações, como não fazer as coisas pesadas, já que teria dezenas de peões que fariam tudo pra ela; a feminista ainda não carregaria armas, já que teria um bando de ogros dispostos a defendê-la.
Acho que essa história seria perfeita se o homem em questão fosse um dos pões, um trabalhador comum, que bota a mão na massa constantemente, que faz força o dia todo. Esse tipo de emprego, essas feministas edemoniadas não querem.
Portanto, fica aqui minha observação. Mas a sua inetnção foi boa.
Abraço
E é o que acontece mesmo.Veja em epregos perigosos que tem mulher,se ela se arrisca.Não.Na polpícia voc~er só vê homem morrendo.Conheço um exemplo na Vale do Rio Doce,onde a vadia é inspetora de pintura,na área de mecânica industrial.Quem se lasca são os homens.Então,mulher só entra em espaços masculinos assim.
ResponderExcluirLobo, além de tudo você dá um bom roteirista, essa história ficou muito boa.
ResponderExcluirBom, pessoal, gostaria de pedir àqueles que leram o texto uma única vez ou com pressa, que leia de novo. Peço que busquem refletir sobre o contexto e situá-lo a uma outra realidade. Não podemos usar nossa realidade como parâmetro para julgar as atitudes destes personagens. Estas não pessoas não sabem o que é feminismo, marxismo, matrixiano, mangina, essas coisas que falamos aqui. Fica a dica.
ResponderExcluirObrigado a todos pelas visitas e pelos comentários.
SEM COMENTÁRIOS!!!!!
ResponderExcluirHTTP://PRAVOCEMULHERATUAL.BLOGSPOT.COM
MULHERES FORTES LONGE DE homens CHUPINS VIOLENTOS.