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Mostrando postagens com o rótulo Contos e crônicas

Homem é bicho folgado.

Juvenal era um jovem humilde e muito trabalhador. Um dia, ele deixou para trás sua terra natal, seus pais e sua namorada, Marialva. Saiu da pobreza do sertão para desbravar terras à oeste, abrindo a mata e enfrentando feras. Ele havia feito como muitos jovens da época: ouviu o “chamado” do Governo que convocava “braços fortes e jovens para desbravar o oeste brasileiro e levar o progresso à Nação”. Com a vida dura que levava, ansiava por conseguir melhores oportunidades na vida e um pedaço de chão só seu. Juvenal enfrentou as piores condições que poderia imaginar. Ele e seus companheiros dormiram muitas noites em acampamentos precários, enfrentando chuva, passando fome e contraindo doenças tropicais. Passou inúmeras datas festivas longe de sua família e de sua amada. Por muito tempo ficou sem contato com eles, pois nem mesmo serviço de correio chegava onde ele estava. Com muito trabalho e suor, estes homens derrubaram árvores, limparam os campos, cultivaram o solo e, enfim, colher

Nunca reaja!

Marcos era um rapaz trabalhador e honesto. Trabalhava durante o dia e estudava à noite. Não tinha inimigos, era avesso a bebidas e qualquer tipo de entorpecentes. Namorava uma bela jovem, de nome Lúcia. Moça de boa família, discreta e caseira. Eles pretendiam se casar. Gostavam de sair juntos nos finais de semana, aproveitando o pouco tempo que dispunham para ficarem juntos. Uma noite, voltavam a pé de um passeio. A noite estava bonita e tranqüila, ainda era cedo. Marcos sempre foi muito cuidadoso e atento e evitava ruas fechadas; mas naquele dia, ele e sua namorada haviam se distraído e entrado numa rua mais fechada e escura. Do meio das sombras, dois marginais saltaram, armados e anunciaram ao assalto: -- Passa tudo o que tiver aí! Vai logo, ou eu e meu amigo estouramos os dois! – gritou um dos marginais. Marcos não se abalou, apenas olhou para Lúcia e pediu para que ficasse calma e entregasse seu dinheiro e cartões. O segundo criminoso se aproximou de Lúcia e a agarrou; então di

Jogo machista

Certa vez, um grupo feminista realizou um protesto à porta de uma grande fábrica de jogos eletrônicos. Elas acusavam a empresa de discriminação de gênero (machismo), por esta não incluir em seu mais famoso jogo, Bordoada´s Fighter, personagens mulheres. O presidente da empresa, vendo tamanho tumulto do lado de fora, resolveu agir antes que isso repercutisse mundo afora e suas ações despencassem. Convidou as líderes da passeata para que entrassem e participassem de uma reunião com os responsáveis pela criação do jogo. As feministas disseram que o mundo mudou, que estamos no século XXI, que agora a mulher está em todos os espaços e que elas também devem participar da sociedade em outras realidades, como neste caso, nos jogos eletrônicos. Os responsáveis anotaram as sugestões e prometeram pô-las em prática o mais rápido possível. Semanas depois, uma nova versão do jogo, agora com personagens femininas. A reação feminista foi inesperada. Elas não gostaram do resultado e logo foram reclamar