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Jogo machista

Certa vez, um grupo feminista realizou um protesto à porta de uma grande fábrica de jogos eletrônicos. Elas acusavam a empresa de discriminação de gênero (machismo), por esta não incluir em seu mais famoso jogo, Bordoada´s Fighter, personagens mulheres. O presidente da empresa, vendo tamanho tumulto do lado de fora, resolveu agir antes que isso repercutisse mundo afora e suas ações despencassem. Convidou as líderes da passeata para que entrassem e participassem de uma reunião com os responsáveis pela criação do jogo.
As feministas disseram que o mundo mudou, que estamos no século XXI, que agora a mulher está em todos os espaços e que elas também devem participar da sociedade em outras realidades, como neste caso, nos jogos eletrônicos. Os responsáveis anotaram as sugestões e prometeram pô-las em prática o mais rápido possível.
Semanas depois, uma nova versão do jogo, agora com personagens femininas. A reação feminista foi inesperada. Elas não gostaram do resultado e logo foram reclamar:
-- Só porque estas mulheres lutam, elas precisam ser tão feias e masculinizadas deste jeito?
Os programadores ouviram a reclamação e logo voltaram para consertar o equívoco. Mais umas semanas, jogo pronto. Novamente, as feministas reclamaram:
-- Que mulher vai lutar usando este tipo de roupa? Elas estão seminuas e isso é uma forma velada de exploração da sexualidade feminina, mesmo que estas mulheres não passem de desenhos. Elas só foram feitas para agradar ao público masculino que, aliás, são apenas garotos sendo expostos desde novos ao mundinho machista que trata as mulheres como objetos.
Os programadores foram lá e mexeram no jogo. Mas ainda não conseguiram satisfazer o público feminista:
-- E precisava cobrir as mulheres deste jeito? Vocês pensam que estão no Afeganistão?
O jogo foi remanejado, as mulheres agora estão em trajes que mostram pouco o corpo, mas deixa uma ou outra parte (como as pernas ou a barriga) à mostra. Feministas reclamaram:
-- Porque todas elas são tão magrinhas e lindas daquele jeito? Não existem mulheres assim. Elas estão dentro de um padrão de beleza que nenhuma mulher neste mundo tem. É por isso que existem tantas mulheres morrendo de anorexia e bulimia. Tudo para alcançar um padrão estético absurdo, estabelecido por esta sociedade patriarcal consumista.
E mais uma vez o jogo foi remanejado; o jogo passou a contar com mulheres de diferentes formas. E mais uma vez, as feministas reclamaram:
-- Por que as mulheres são minoria no jogo? Somos mais da metade da população do mundo, portanto, queremos o mesmo número de mulheres (no mínimo) neste jogo.
Os caras estavam de saco cheio, mas acataram sem questionar. Outra reclamação feminista (socorro!):
-- Porque os personagens mais importantes deste jogo são homens? Todas as mulheres não passam de meras coadjuvantes.
O enredo foi reescrito, algumas personagens se tornaram o centro da história. Ainda, sim, elas reclamaram:
-- Ah, agora quer dizer que o herói é homem e a grande vilã é uma mulher? Sempre é tudo culpa da mulher mesmo. Já não basta toda a perseguição através dos séculos, agora somos demonizadas nos games.
Um terço da equipe se reuniu novamente para resolveu este problema (outro terço se demitiu e o último estava em tratamento psiquiátrico), levaram dois meses, mas resolveram. Os rapazes da equipe rezaram para que desta vez não houvesse reclamação... suas preces não foram ouvidas. Onde foi que eles erraram?
-- Todos os personagens são femininos, isso é muito bom; porém, o vilão é homem. Justamente ele é o melhor personagem do jogo. É o mais forte e o que tem os melhores golpes. To vendo uma mensagem implícita que diz : “Não importa quantas mulheres existam, basta apenas um homem para dominá-las”; além disso, vejo implícito o fetiche de 99% dos homens que é ter um harém a seu dispor. Na verdade, o vilão é o herói dos garotos, pois ele sozinho tem a seu dispor todas as mulheres do jogo. Isso é o cúmulo do machismo! Vocês serão processados e nós vamos fechar este antro de falocentrismo e dominação. – o grupo virou as costas e saiu.

Comentários

  1. Se é verdade o que acabei de ler, não sei. Mas que representa perfeitamente o feminismo, isso sim. Foi impossível não sentir uma sensação de cansaço ao ler o texto, casaço e irritação. As feministas falam tanto de "construção cultural", mas não percebem que não se desvencilharam da "construção" da filha mimada, aquela que nunca se satisfaz com nada.

    "O que é o feminismo senão uma eterna lamentação?" - Martin Van Creveld.


    Muito bom o texto.

    Abraços.


    P.S. Tudo bem gostar dos valores religiosos, mas você mostrou se importar com a "falta de deus". É claro que, pondo deus de lado, os valores religiosos perdem, um pouco, a razão de serem. Mesmo assim, ainda sou contra a imposição de um deus, mas a favor dos valores (nao todos) religiosos.

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  2. E ai pessoal visitem o meu Blog

    http://realidadeantimatrix.blogspot.com/


    Abraços...

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  3. Que bacana este texto. O pior é que de fato todas as argumentações feministas que foram usadas realmente existem e poderiam ser usadas em qualquer situação que desagradas as feministas, o feminismo é totalmente contraditório, e o que se nota principalmente é que o feminismo se preocupa menos com o pode deixar as mulheres mais felizes e se preocupam mais com o que pode "cortar o barato" dos homens.

    Parabéns ao blog!

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  4. Cara, texto genial! Se foi você que fez ou não, não importa, fez muito bem em divulgar. Ilustra perfeitamente o feminismo, demonstra que o interesse dele é só encher o saco, não é lutar contra injustiça nenhuma. Foda demais rsrss

    Abraço

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  5. Agradar a mulher comum é difícil, mas se ela for boa,tem suas recompensas, mas as feministas são realmente irrecuperáveis, é inútil ouví-las.

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